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Relembre a época em que o celular chegou nas boleias dos caminhões no Brasil

Por Equipe RC em 10/02/2024 às 19:06
Relembre a época em que o celular chegou nas boleias dos caminhões no Brasil

Esta matéria foi escrita baseada em um arquivo histórico.

Na edição nº 105 da revista Caminhoneiro, de junho de 1995, noticiávamos um fato histórico que certamente mudou para sempre o cenário do transporte rodoviário. A chegada do telefone celular nas boleias dos caminhões no Brasil. Confira a matéria na íntegra:

O telefone celular chegou definitivamente ao Brasil. Não é mais novidade vê-lo em uso nas cidades: nas ruas, nos aeroportos, restaurantes, automóveis. Os taxistas igualmente o adotaram e já fazem dele mais um instrumento de trabalho. Agora é a vez da estrada. O caminhoneiro Ronaldo Milioli certamente se encaixa entre os primeiros a tê-lo à disposição na boléia.

Há alguns meses seu aparelho faz parte do dia-a-dia a bordo do Mercedes-Benz 1935, ano 94, que dirige. Milioli não é dono do caminhão, mas achou necessário o telefone por motivo de segurança. No começo, o patrão o considerou um tanto excêntrico. Com o tempo, deu-lhe razão. Fica fácil localizar seu motorista a qualquer hora do dia ou da noite, em praticamente todos os lugares.

Morador de Criciúma, SC, Ronaldo também já pôde sentir na pele as vantagens do celular no desempenho de suas atividades. Certa vez, o caminhão apresentou problema mecânico numa rodovia e tudo se resolveu num piscar de olhos. Ele acionou o telefone da boléia e o posto mais próximo o socorreu. Se tivesse que procurar um orelhão, a ajuda da Polícia Rodoviária ou algum estabelecimento comercial, demoraria muito mais.
 



O caminhoneiro catarinense confessa que pagou caro pelo celular, mais de mil reais, mas justifica o investimento. Também gasta, é lógico, com a conta telefônica - em média 30 a 40 reais por mês. Nada disso o aborrece. O que perturba é a dificuldade de se comunicar com todo o Brasil. "Em Santa Catarina, Goiânia e Belo Horizonte, dá pra falar muito bem", comenta Ronaldo Milioli. Em outros lugares, porém, a coisa se complica.

Solteiro, ele não se enquadra naquela turma do "de qualquer jeito está bem". Acompanham o celular, na cabina, uma televisão, ar-condicionado e o rádio PX. Além de gostar da modernidade, Ronaldo investe na segurança e nunca dá sopa para o azar.

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