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Vendas de caminhões novos recuam 8,0% no Brasil em setembro

Por Equipe RC em 07/10/2022 às 14:57
Vendas de caminhões novos recuam 8,0% no Brasil em setembro

Também houve queda de 1,0% nas vendas na comparação com o mesmo mês de 2021, bem como no acumulado dos nove meses deste ano

As vendas de caminhões novos recuaram 8,0% em setembro, para 11.500 unidades, ante as 12.500 registradas em agosto. Da mesma maneira, houve queda de 1,0% na comparação com os 11.600 emplacamentos feitos no mesmo mês de 2021. Além disso, no acumulado de 2022 o setor apresentou queda de 2,2% nas vendas. Ou seja, de janeiro a setembro deste ano, foram 93.200 unidades vendidas, ante as 95.300 emplacadas no mesmo período de 2021. O levantamento mensal foi feito pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Quanto à produção de caminhões, em setembro foram produzidas 15.000 unidades, ante as 17.200 registradas em agosto, ou seja, um recuo de 13,2%. No entanto, ocorreu um acréscimo de 8,3% na comparação com os 13.800 feitas no mesmo mês de 2021. “Historicamente, setembro não repete os bons números de agosto, um mês longo e sem feriados”, fala Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea.

Segundo Gustavo Bonini, vice-Presidente Tesoureiro, o setor de caminhões, em contrapartida, mantém patamares muito similares aos do ano passado, quando teve robusto crescimento em função do agronegócio e da onda do delivery. Espera-se uma alta nas encomendas de frotistas durante a Fenatran, maior feira latino-americana de transportes, prevista para os dias 7 a 11 de novembro, no São Paulo Expo.

Gustavo Bonini, vice-Presidente Tesoureiro da Anfavea

Gustavo Bonini ressalta que o primeiro semestre foi desafiador em relação à oferta de componentes e semicondutores e que essa situação tem se mostrado mais favorável agora e a expectativa é superar, um pouco, o número de 2022 para caminhões.  

Os caminhões pesados continuam representando mais de 50% das vendas do total desse volume, reforçando a importância do transporte à longa distância. O agronegócio nacional, a mineração e a construção ainda continuam registrando bons desempenhos na economia nacional.

Quanto à descarbonização, Gustavo Bonini, salientou que é algo positivo dela ter chegado de modo rápido. “É uma tendência que continuará crescendo em 2023, a motivação está, cada vez mais, forte. É uma demanda dos clientes dos nossos clientes, ou seja, quem compra o produto deseja estar contemplado com a sustentabilidade. A sociedade de maneira geral deseja ver a descarbonização em toda cadeia produtiva e de transporte”, diz.

Fábrica de semicondutores

O Brasil deu mais um passo nas negociações com companhias do Japão para a implementação de fábricas de semicondutores no país. Em setembro, uma comitiva da Anfavea, da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e de membros do governo brasileiro se encontrou com representantes do setor privado, como a Renesas Technology, e com políticos japoneses para a vinda de empresas ao país.

Segundo Márcio de Lima Leite, “o Brasil importa cerca de US$ 13 bilhões em semicondutores, diretamente ou de componentes. O tamanho da nossa indústria, com esse número de exportação além do que já é fabricado aqui, justifica qualquer investimento”. Além dos parceiros japoneses, o grupo também está em contato com representantes de Taiwan. O Brasil já possui estrutura para receber as fábricas.

Fotos: divulgação

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