A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou um balanço que revela um crescimento no licenciamento de caminhões em julho, totalizando 8,4 mil unidades, em comparação com as 7,9 mil de junho, representando um pequeno aumento de 6,2%. No entanto, ao fazer a comparação entre julho de 2023 e o mesmo mês de 2022, observa-se uma queda significativa de 27,6%. O acumulado de janeiro a julho de 2023 (60,9 mil) também registrou uma redução de 11,9% em relação ao mesmo período do ano anterior (69,2 mil).
Quanto à produção, foram fabricados 6,7 mil caminhões em julho, enquanto junho de 2023 teve 7,0 mil unidades produzidas, indicando uma queda de 4,0%. A comparação entre julho de 2023 e julho de 2022 revelou uma redução ainda mais expressiva, chegando a 47,0%. O acumulado de janeiro a julho de 2023 (53,9 mil) em comparação com o mesmo período de 2022 (84,5 mil) apresentou uma queda de 36,2%.
De acordo com Gustavo Bonini, vice-Presidente da Anfavea, o setor de caminhões ainda enfrenta desafios, com uma produção e licenciamento considerados fracos. Diversos fatores influenciaram essa situação, como o impacto da introdução do P8, o efeito da pré-compra no primeiro semestre do ano, bem como a postergação das compras para o segundo semestre. A renovação da frota de veículos pesados também é um processo complexo, devido à necessidade de descarte dos veículos antigos.
Entretanto, é importante destacar que há uma perspectiva promissora do ponto de vista ambiental. A retirada de circulação de veículos antigos, com tecnologias ultrapassadas, é um dos caminhos para a melhoria nesse sentido. O processo de entrega dos veículos usados mais simplificado, seguindo as deliberações do Contran, poderá facilitar a aquisição de veículos mais novos e ambientalmente adequados. Algumas ações já foram iniciadas, e a expectativa é de que elas ganhem mais força e continuem avançando.
Apesar dos desafios, a frota envelhecida é reconhecida como um problema de longa data no país, e medidas como o programa "Renovar", que está em fase final de detalhamento, são essenciais para enfrentar essa questão e buscar uma renovação mais sustentável do setor de caminhões.
Foto: divulgação
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