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Quadrilha que sequestrava e torturava caminhoneiros é presa no Rio de Janeiro

Por Equipe RC em 23/03/2022 às 14:05
Quadrilha que sequestrava e torturava caminhoneiros é presa no Rio de Janeiro

De acordo com a investigação, para atrair os motoristas, os bandidos fingiam contratar fretes

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio (MP-RJ) prenderam na terça-feira, 22, doze pessoas acusadas de integrar uma quadrilha que sequestrava caminhoneiros para usar seus veículos no transporte de drogas. A quadrilha era baseada em Maricá, na Região Metropolitana do Rio, e era ligada à facção criminosa Comando Vermelho. As vítimas foram torturadas física e psicologicamente.

Logo que os motoristas eram rendidos, seus caminhões eram levados por membros da quadrilha até municípios do Mato Grosso do Sul, como Ponta Porã (a quase 1.600 quilômetros de Maricá). Eram usados para pegar drogas que levavam ao complexo do Salgueiro, em São Gonçalo (Região Metropolitana do Rio). Dali os entorpecentes eram distribuídos para as demais bases da facção criminosa.

Quando o caminhão fazia a viagem de ida e volta ao Mato Grosso do Sul, o motorista ficava em cativeiro. Quase não recebia comida e sofria constantes ameaças, conforme o MP-RJ. Segundo o MP-RJ, os criminosos atraiam as vítimas com anúncios em aplicativos usados por motoristas para negociar fretes. Os caminhoneiros iam até Maricá, onde eram rendidos. Eram então levados a um local em uma comunidade, onde eram mantidos em cativeiro e sofriam agressões físicas e psicológicas.

Conforme a denúncia, "após a consumação dos roubos de seus caminhões e de seus pertences, as vítimas foram encapuzadas e algemadas e levadas para um cativeiro, na favela do Mutirão, ali permanecendo por cinco dias. Nas primeiras 24 horas ficaram sem qualquer alimentação e até mesmo sem um copo d'água. Além disso, eram submetidas a intenso terror psicológico, inclusive com denunciados apontando as armas em suas direções e simulando atirar. Também sofreram agressões físicas, como empurrões e com a coronha das armas".

Os caminhoneiros eram obrigados a manter seus telefones celulares ligados. Eles tinham que atender ligações de familiares e amigos, falando que estavam viajando com os seus caminhões e que estava tudo bem. As vítimas eram ainda obrigadas a recusar chamadas de vídeo de familiares.

Foto: Reprodução/Globo

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