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Produção de caminhões em maio apresenta crescimento, mas números ainda estão abaixo de 2022, revela Anfavea

Por Graziela Potenza em 06/06/2023 às 14:28
Produção de caminhões em maio apresenta crescimento, mas números ainda estão abaixo de 2022, revela Anfavea

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou nesta terça-feira (6) os números de produção e emplacamentos de caminhões referentes ao mês de maio de 2023. De acordo com os dados, na produção, houve um aumento de 15,7% em comparação com abril de 2023, mas os números ainda estão 39,8% abaixo de maio de 2022. No acumulado de janeiro a maio deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, a produção de caminhões registrou uma queda de 31,3% devido ao efeito do Proconve P8.

Gustavo Bonini, primeiro vice-presidente da Anfavea, comenta que, apesar do crescimento em maio em relação a abril, a produção de caminhões ainda está estagnada, com volumes baixos se comparados ao potencial. No mesmo mês do ano passado, foram produzidas 13,9 mil unidades, enquanto atualmente estamos em um nível entre 7 mil e 8 mil unidades. No acumulado, a produção também ficou significativamente abaixo, com uma queda de mais de 30% em relação a 2022. Nas coletivas anteriores, já havíamos destacado que a introdução do Euro 6 causou uma queda na demanda, refletindo diretamente na produção.

Em relação aos emplacamentos, maio apresentou um resultado positivo, com 8,2 mil unidades, superando o mês de abril, que registrou 7,8 mil caminhões emplacados. No entanto, se compararmos maio de 2023 com o mesmo mês de 2022, houve uma queda de 20,9%. No acumulado de janeiro a maio de 2023 (44,7 mil unidades) em relação ao mesmo período de 2022 (46,6 mil unidades), houve uma redução de 4,2%.

“Existe um efeito de pré-compra natural quando há a mudança de fase. Podemos observar que, de janeiro a maio, grande parte dessas vendas está relacionada ao Proconve P7. Para se ter uma ideia, apenas 17,1% dos caminhões vendidos (Proconve P8) este ano foram produzidos em 2023. Se acompanharmos o que aconteceu nos últimos cinco anos, esse número deveria estar em torno de 37%. Portanto, é natural que esse percentual aumente mês a mês, uma vez que não há mais a produção do Proconve P7. Ainda há um sinal de alerta quanto a isso”, diz Gustavo Bonini.

A coletiva contou com a participação de Geraldo Alckmin, vice-presidente da República, que destacou a medida provisória 1175. "Ela já foi assinada, publicada e está em vigor. É um programa inteligente que inclui não apenas carros, mas também caminhões e ônibus. A mudança do motor Euro 5 para o Euro 6 foi ótima, pois contribui para o meio ambiente com menos poluição, mas isso encareceu os veículos. Essa decisão do Conama, implantada em 2023, poderia resultar em menos vendas devido ao aumento de preços, o que levaria a uma frota envelhecida de caminhões e ônibus. As montadoras receberão do governo créditos tributários para oferecer descontos patrocinados, com valores que variam de R$ 2 mil a R$ 8 mil nos carros, de R$ 33,6 mil a R$ 80,3 mil nos caminhões, e de R$ 38 mil a R$ 99,4 mil nos ônibus e vans. Os critérios para definição dos descontos levarão em conta a eficiência energética do veículo, o preço do bem e o conteúdo nacional dos componentes. No caso de caminhões e ônibus, o comprador precisará se desfazer de um veículo com mais de 20 anos de fabricação e enviá-lo para reciclagem".

O programa será encerrado quando o crédito de R$ 1,5 bilhão for utilizado, sendo esse valor pago pelo governo a partir da reoneração do diesel. O programa visa reduzir os preços de automóveis, caminhões, ônibus e vans como incentivo à renovação da frota. No total, o governo destinará R$ 1,5 bilhão em créditos tributários: R$ 500 milhões para estimular a troca por veículos menos poluentes, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para ônibus e vans.

Foto: divulgação

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