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Pra frente que se anda

Por Revista Caminhoneiro em 28/06/2016 às 20:12
Pra frente que se anda

[gallery link="file" size="full" ids="3656,3655,3654,3653,3652,3651,3650"] O desempenho do setor de caminhões no ano passado e as perspectivas das montadoras para 2016 foram apresentadas pela Anfavea. Ary Barroso foi um compositor brasileiro de música popular, famoso por seus sambas. O principal deles, Aquarela do Brasil o qual o consagrou. Outra canção de sua autoria que fez sucesso foi “É pra frente que se anda”, um bom exemplo que o segmento de caminhões sonha em adotar este ano. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, disse: confesso que 2015 foi um ano nada fácil para o setor automotivo brasileiro, mas não adianta ficar lamentando e continuaremos trabalhando com afinco para superarmos as dificuldades”. Os números de 2015, em termos de licenciamento total de autoveículos novos nacionais, tiveram uma queda de 38,1%, comparando dezembro/2015 em relação a dezembro/2014. O acumulado em 2015 em comparação a 2014 caiu 25,2%. Em especial, o segmento de caminhões teve queda extremamente forte. Se compararmos o licenciamento de caminhões de dezembro de 2014 (13.571 unidades) com dezembro de 2015 (5.459 unidades), houve uma queda de 59,8%. No acumulado de 2015, se comparado ao ano anterior, a redução foi de 48%. Em 2014 foram licenciados 134.998 caminhões e, em 2015, 70.226 unidades. Luiz Moan lembrou que em dezembro, o Brasil e o Uruguai firmaram acordo de livre comércio para o setor automotivo, que entrou em vigor já em 2016 e inclui automóveis, comerciais leves, ônibus, caminhões, autopeças, chassis, pneus e máquinas agrícolas. Em 2015, o Brasil também ampliou, renovou e estabeleceu novos acordos automotivos com Argentina, Colômbia e México. O Conselho Nacional de trânsito (Contran) publicou a resolução nº 567, que torna obrigatória a instalação do sistema de controle de estabilidade, ESC, nos veículos comercializados no Brasil. Em 1º de janeiro de 2020 os novos projetos já sairão de fábrica com o equipamento e, a partir de 2022, todos os veículos terão o ESC como item de série. Análises Roberto Leoncini, vice-Presidente de Marketing, Vendas e Pós-Venda de Caminhões e Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, lembrou que a Mercedes-Benz cresceu um ponto percentual no competitivo mercado de caminhões em 2015, comparado a 2014. Esse resultado é fruto do forte trabalho da fábrica e da rede de concessionários de ir às estradas e ouvir as demandas dos clientes. O lema da Mercedes-Benz é “As estradas falam e a Mercedes-Benz ouve”, se aproximando, cada vez mais, do mercado e trazendo para dentro da empresa as solicitações e sugestões de melhorias dos clientes, transformando suas necessidades em soluções rentáveis para o transporte de cargas. A companhia também intensificou as ações de demonstração de seus veículos nas operações dos clientes para que eles comprovassem a rentabilidade do produto Mercedes-Benz. Além disso, a participação em eventos com grande concentração de transportadores foi ampliada para conhecer os desejos e as expectativas do mercado. “Fomos a diversas regiões do País e descobrimos quais eram as reais necessidades do mercado. A partir disso, entregamos inéditas soluções, como a nova linha de caminhões rodoviários “Actros Mix Road”, veículo preparado para rodar na terra e no asfalto”, diz Roberto Leoncini. Outro objetivo é manter o caminhão na estrada e disponível para o trabalho tornando a operação mais rentável possível. “Para isto ampliamos a nossa oferta de serviços através da rede de concessionários. E não nos preocupamos somente com o produto, mas com toda cadeia produtiva, desde a matéria-prima e materiais utilizados na fabricação, até as nossas instalações e processos, afinal a produção também é parte importante de uma empresa sustentável. Enfim, trabalhamos sempre para criar caminhões que tragam uma maior eficiência para o transporte e tenham menor impacto ambiental”, diz Leoncini. Ele explica que com base no cenário econômico que vivemos hoje, é muito difícil fazer uma previsão para 2016. Para a economia voltar a crescer, o País precisa de medidas macroeconômicas para controlar a inflação e as elevadas taxas de juros (Selic acima de 14%), como também o PIB com patamares maiores de crescimento para sustentar as vendas de caminhões nos próximos anos. “Para que possamos despertar novamente a confiança dos investidores, precisamos retomar o crescimento econômico, adotando medidas no presente que estimulem a sustentabilidade da produção/vendas”. Segundo Victor Carvalho, diretor de Vendas de Caminhões da Scania no Brasil, o ano de 2015 foi desafiador. Alguns fatores criaram um cenário de retração de vendas. “Posso destacar a adequação do mercado às novas regras de financiamento, o fim do PSI, as dúvidas com relação a decisões econômicas do governo e ajustes fiscais, a ociosidade das frotas e a pressão dos embarcadores por preço do frete”.  Mas ele continua: a Scania se manteve o tempo todo ao lado do cliente apresentando soluções para aumentar a rentabilidade e a disponibilidade da frota. Mesmo neste ano de grandes desafios, lançamos três caminhões (cavalo mecânico 8x2 – alternativa ao bitrem, série especial Griffin Edition e o semipesado de cabine estendida, que carrega 400 kg a mais de carga útil). Com a postergação de compras dos grandes frotistas, a Scania mudou sua estratégia e passou a atuar ainda mais forte no varejo conquistando novos clientes de pesados e semipesados. Houve ainda um trabalho individual com as casas Scania buscando novas oportunidades por região. Nos rodoviários, o Streamline, que aumenta em 4% a economia de combustível em relação à linha Euro 5, vem, cada vez mais, consolidando sua participação. De janeiro a novembro, o Streamline representou 60% das vendas dos rodoviários dentro do mix da marca. Além disso, segundo o diretor de Vendas de Caminhões da Scania no Brasil, nossa rede de concessionárias foi expandida para 126 pontos de atendimento, sendo 12 novos Serviços Dedicados, que é uma solução para reduzir custos e aumentar a disponibilidade da frota instalando uma estrutura dentro da empresa do cliente. De 2016 até 2018, investiremos mais R$ 50 milhões na rede. Ainda em Serviços, foi criada a área de Pré-Vendas que trouxe ainda mais benefícios aos clientes. A área entende cada aplicação e traça estratégias específicas por segmento. “Dessa forma, podemos antecipar necessidades, descobrir oportunidades e criar programas ainda mais personalizados”. Quanto às perspectivas para 2016, Victor Carvalho comenta: imaginamos que o mercado acima de 16 toneladas, fatia relativa aos semipesados e pesados e na qual a Scania atua, deverá ser 10% menor do que foi em 2015. “Um fator importante para o mercado de caminhões é a recuperação da confiança do transportar para que ele volte a investir. Para isso, alguns pontos são fundamentais: o empresário precisa confiar nos rumos da economia brasileira, que precisa reagir e enxergar políticas mais claras do governo do ponto de vista fiscal”, fala Carvalho. Em 2016, para enfrentar mais um ano difícil, a Scania estará em parceria com o cliente e a rede de concessionárias. Uma fabricante verdadeiramente preocupada com o cliente precisa mostrar que é parceira justamente em momentos de mercado retraído. “Vamos continuar muito próximos dos transportadores e autônomos para entender suas necessidades por segmento e fazer a diferença oferecendo soluções integradas de produtos e serviços, que tornem as operações ainda mais rentáveis”, comenta Carvalho. A Scania vai trabalhar com propostas estruturadas, englobando produto, serviço, solução financeira e seguro. Com isso, o cliente terá em mãos uma solução completa. “Apresentaremos também a alternativa do leasing operacional, solução de negócios que permite ao cliente obter todos os benefícios da proposta estruturada por meio do pagamento de uma só parcela mensal. Aumentaremos o valor entregue em nossos produtos com a oferta de opcionais como a cabine Highline e o freio auxiliar Retarder em condições especiais, e, por fim, teremos um foco ainda maior na eficiência nos processos internos e da rede, para garantir mais benefícios nas soluções oferecidas”. Ricardo Alouche, vice-Presidente de Vendas, Marketing e Pós-Vendas da MAN Latin America, salientou que o ano de 2015 foi desafiador para toda indústria, principalmente para o mercado automotivo, que é considerado um dos impulsionadores da economia no País. “Para nos adequar a esta nova demanda, realizamos diversas medidas na empresa com foco em redução de custo e otimização de processos, o que nos garantiu novamente a liderança do mercado de caminhões, título mantido há treze anos consecutivos”.  Segundo Ricardo Alouche, acreditamos que 2016 teremos um cenário mais animador, com início da estabilidade política e consequentes medidas que ajudarão a economia crescer, sobretudo com a confiança dos compradores. “Apesar do cenário desanimador em 2015, reafirmamos nosso investimento de R$ 1bilhão no Brasil entre 2012 e 2017, o que nos garante fôlego para continuar inovando”, afirmou Alouche. Para Marco Borba, vice-Presidente da Iveco para a América Latina, o ano de 2015 foi marcado por incertezas no âmbito político-econômico e pela falta de confiança do mercado, o que criou um cenário desfavorável para diversos segmentos da economia. A menor disponibilidade de crédito e a alta na taxa de juros impactaram o setor com um número de vendas abaixo do esperado. “Fizemos a nossa parte e criamos alternativas para que o motorista autônomo e o transportador possam adquirir veículos Iveco com condições especiais, via Banco CNHI. Investimos na localização de componentes, no aprimoramento contínuo dos processos industriais e na otimização dos seus fluxos logísticos. Inauguramos ainda o campo de provas, no complexo de Sete Lagoas (MG)”. Segundo Borba, também foi fundamental reforçar a parceria com a rede buscando o aprimoramento contínuo dos produtos e serviços. Esse ano deve apresentar uma leve melhora em segmentos que atualmente registram quedas expressivas, como o de pesados, já que o mercado estará mais adaptado à nova realidade econômica. “O aumento nas exportações tem dado um fôlego extra para a marca. Acreditamos que o Brasil voltará a crescer em breve, já que mercado brasileiro continua sendo o maior da América Latina e um dos maiores do mundo”, diz o, vice-Presidente da Iveco para a América Latina. Luis Gambim, diretor Comercial da DAF Caminhões Brasil explicou que o ano de 2015 foi muito importante para a DAF Caminhões Brasil. A empresa seguiu seu planejamento de negócios investindo em novos produtos, no relacionamento com o cliente e na fábrica de Ponta Grossa, no Paraná. “Intensificamos nosso relacionamento com os clientes, com reflexo direto nos nossos resultados, mais de 70% superior a 2014. Chegamos a 2,5% de participação no segmento acima de 40 toneladas, o qual atuamos”, diz Gambim. A DAF lançou o pesado CF85, a cabine Super Space para o XF105, assim como novos opcionais de conforto e configurações de eixo. Ela marcou presença na Fenatran e anunciou o investimento de R$ 60 milhões na fábrica de Ponta Grossa para a montagem dos motores Paccar MX no Brasil. A linha já está concluída e os caminhões feitos no País já estão sendo equipados com estes propulsores. Para 2016, Luis Gambim disse estar trabalhando para aumentar ainda mais a participação de mercado, com inauguração de novas concessionárias, mais iniciativas de relacionamento com os clientes, tanto da fábrica quanto pela rede de concessionárias e aprimorar ainda mais a qualidade dos nossos produtos e serviços. Segundo João Pimentel, diretor de Operações de Caminhões da Ford América do Sul, “em termos de resultado como um todo, o ano de 2015 foi ruim para todo mundo no sentido de lucratividade. Não foi uma operação lucrativa no ano passado, porque o mercado caiu 50%”. Pimentel continua: “por outro lado, se comparar relativamente, com o lançamento da linha leve nós conseguimos fazer mais 3,7% de mercado. Essa queda de 50% conseguimos fazer virar 35%. Se colocar todo mundo no mesmo patamar, nós conseguimos nos sair bem. Com relação à competição, o mercado foi ruim. Já adequamos a rede, com 121 distribuidores no Brasil inteiro. Do ponto de vista absoluto, não foi bom para ninguém e de um ponto relativo, foi bom para Ford. “Para isso, continuaremos fazendo investimentos, conversando com os clientes, entendendo o que eles querem, o que precisam, se antecipando a estes requisitos. Investimos para voltar com a linha F, investimos para fazer um 11 toneladas, investimos bastante para fazer a linha automatizada e vamos continuar nesse caminho”, diz Pimentel. Apesar do resultado de 2015 e da projeção de um ano ainda difícil, “estamos aqui há 100 anos e pretendemos ficar aqui mais 1000 anos”. Pimentel explica que para 2016, o setor está trabalhando num cenário de 65 mil unidades, se nada acontecer para reverter essa situação política e econômica do País, mas ela pode apresentar uma recuperação no segundo semestre, podendo chegar a 70 mil unidades. “Isso se voltar a confiança e tiver um plano político e econômico com uma previsibilidade maior ao empresário”, finaliza João Pimentel. Já a Volvo, teve um bom desempenho no mercado brasileiro de caminhões em 2015, mesmo num ambiente econômico desfavorável e de baixa nas vendas. A marca continua na liderança do segmento de veículos pesados e mantém seu participação em caminhões semipesados. “Foi um ano com um mercado bastante restritivo, mas conseguimos um bom desempenho devido à alta qualidade de nossos produtos”, afirmou Bernardo Fedalto, diretor de Caminhões Volvo no Brasil. A empresa continua na liderança em caminhões pesados, com uma participação de mercado de 29,6%, quase um terço de todos os veículos desta categoria comercializados no período. “Nossos caminhões são a melhor solução para transporte de longas distâncias e o novo FH, lançado recentemente, tornou-se o ‘objeto de desejo’ do transportador brasileiro”, disse Fedalto. Os caminhões semipesados da linha VM também tiveram resultado satisfatório. Neste segmento, a marca conquistou 12,3% de participação no ano passado, resultado muito semelhante aos 12,6% conseguidos em 2014. “As vendas caíram bastante, como ocorreu com o mercado de uma maneira geral, mas mantivemos uma posição muito parecida com a de 2014”, destacou Francisco Mendonça, gerente de Caminhões Volvo no Brasil. “2015 foi um ano difícil e 2016 será ainda mais desafiador”, afirmou Carlos Morassutti, presidente interino do Grupo Volvo América Latina. “Mas nosso compromisso com o Brasil é de longo prazo e vamos continuar investindo em novos produtos e soluções que contribuam com os negócios dos nossos clientes. O país é muito grande e sempre superou suas dificuldades”, complementou. No segmento de caminhões semipesados, a VM também teve resultado satisfatório. A marca conquistou 12,3% de participação no ano passado, resultado muito semelhante aos 12,6% conseguidos em 2014. Segundo Bernardo Fedalto, para este ano a estimativa é que o mercado deva cair mais um pouco, até 15%. Entre as ações da empresa para enfrentar 2016, está a oferta do leasing operacional, modalidade pela qual ao final do contrato o cliente devolve o caminhão para a fábrica, como se fosse um aluguel. Outras ações, desenvolvidas durante o ano passado, em parceria com a rede de concessionárias e distribuidores Volvo, foi o desenvolvimento de diversos planos para atender as necessidades dos clientes. Uma delas é o financiamento do valor da entrada para a compra do caminhão nas mesmas condições do Finame. A Volvo Financial Services Brasil terminou 2015 com um volume recorde de R$ 1 bilhão em vendas do Consórcio Nacional Volvo, um produto que tradicionalmente ganha força em períodos de diminuição de crédito e dificuldades de financiamento. Com a saída dos bancos comerciais do setor, o Banco Volvo aumentou ainda mais sua presença no mercado, garantindo apoio ao transportador com soluções financeiras que viabilizaram muitos negócios. No ano passado, a instituição foi responsável pelo financiamento de 50% das vendas de caminhões, ônibus e equipamentos de construção da marca no Brasil. Fique por dentro de todas as novidades da Revista Caminhoneiro!

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