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Mulheres caminhoneiras: quais são os desafios e como driblar o preconceito

Por Revista Caminhoneiro em 02/01/2019 às 16:30
Mulheres caminhoneiras: quais são os desafios e como driblar o preconceito

A estrada está cada vez se tornando mais democrática e universal. Atualmente, esse  mundo está muito mais heterogêneo e já existem milhares de mulheres caminhoneiras que sustentam a sua família servindo como motorista profissional. Prova disso é que o número de mulheres caminhoneiras no Brasil já ultrapassa os 176 mil, algo impensável para a realidade de alguns anos atrás em que a profissão era quase que estritamente masculina e as mulheres sofriam ainda mais preconceito do que nos dias atuais. Apesar do número representar uma crescente de mais de 30% nos últimos anos, dados do CNT indicam que o índice representa apenas 0,3% da quantidade total de caminhoneiros no Brasil. Isso significa que os outros 99,7%, ou seja, uma brutal maioria, são homens. Nesse contexto complexo e em certos momentos difíceis, estão inseridas essas guerreiras da estrada, que batalham todos os dias e esperam que um dia sua profissão se torne mais justa e igualitária.

Dificuldades enfrentadas por mulheres

Com viagens internacionais e nacionais, o risco de assaltos, períodos longe da família e a péssima estrutura oferecida nas estradas brasileiras, a vida de um caminhoneiro não é nem um pouco fácil. Agora tudo fica ainda mais difícil para uma mulher. Além dos desafios do dia a dia, elas têm outras responsabilidades, como cumprir o papel de mãe da melhor forma e em muitos casos, atuarem como donas de casas. Na estrada as dificuldades também aparecem. Muitos pontos de repouso são desfavoráveis para as mulheres, em alguns sequer existe um sanitário feminino. Muitas mulheres também se queixam do machismo e do preconceito que existe, tanto de outros motoristas como da sociedade em geral. Apesar de tudo isso, muitas mulheres lutam para que esse quadro fique cada vez mais positivo. Há algum tempo na estrada, a sorridente Ruzimelia Basso conta sobre a satisfação de sua profissão: “Por mais difícil que possa parecer, não desistam dos seus sonhos. Eu comecei com 40 anos de idade e já estou há dez enfrentando as dificuldades e também realizando meu sonho que era dirigir um ‘carro grande’”, revela a caminhoneira orgulhosa.

O boom de mulheres no volante

Apesar de ainda não representarem um grande percentual no mundo dos caminhões, o número de mulheres está crescendo ano após ano; o que é muito importante, não só para elas mas também para que a profissão se torne um pouco mais democrática. E um dos motivos apontados para o aumento dessas caminhoneiras na estrada são algumas de suas características principais: a atenção e o cuidado com o caminhão e também com a carga que está sendo transportada. Diversas pesquisas indicam que homens possuem uma direção mais agressiva e capaz de provocar mais multas, seja em veículos ou em caminhões. Por esse motivo, empresários que possuem cargas frágeis ou valiosas estão cada vez mais optando por mulheres para realizar o transporte com atenção e prudência.

Um espaço que vale a pena

As dificuldades são muitas, mas mesmo assim as recompensas fazem o serviço valer a pena. Motorista de caminhão, Sheila Karina Portela envia um recado especial para as mulheres: “Nunca desistam de seus sonhos. Não deixem as pessoas dizerem que vocês não conseguem. Quando tem amor verdadeiro não há o que nos faça desistir. Acredite em vocês. Todas são capazes. Basta acreditar. Sejam bem-vindas a esse mundo mágico…” Mulheres caminhoneiras, nos contem um pouco de seu dia a dia e falem também de suas dificuldades e do motivo para escolherem a profissão!
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