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Loucos por FNM: um colecionador apaixonado (Arquivo RC)

Por André de Angelo em 08/10/2021 às 19:45
Loucos por FNM: um colecionador apaixonado (Arquivo RC)

Seguindo com mais uma história do nosso arquivo, José Carlos Reinert, de 39 anos, contou na edição n° 198 da revista Caminhoneiro o motivo para o fenemê ser tão importante em sua vida

Confira a matéria na íntegra:

O sonho de consumo de José Carlos Reinert é ter seu próprio FNM. Se possível, do mesmo modelo e ano do caminhão no qual andava quando era criança, ao lado do seu pai, nas longas viagens pelos Estados do Rio, São Paulo, Minas, Mato Grosso e Paraná.

Ele não quer comprar um para trabalhar, mas para guardá-lo e só tirá-lo da garagem quando sair a passeio.

A história de amor que tem com a marca é herança de ser caminhoneiro porque o médico o obrigou. Problemas de saúde. “Ele parou no começo de 1973 e , apenas uns meses depois, faleceu, devido a um câncer e pela saudade de trabalhar com o FNM”, diz José Carlos, 39 anos.

O homem é funcionário de Recursos Humanos da Unimed, em Curitiba, onde mora com a esposa e um casal de filhos.

Caçula dos três filhos de Seu Reinert, ele se lembra com saudades de quando tinha entre 6 e 8 anos e ouvia o inconfundível ronco do motor do FNM do pai, que trabalhou de 1952 a 1973 só com essa marca.

Por suas mãos passaram vários modelos de cabine, Inca, Brasinca, Metro, Standard. “Meu pai não queria outro caminhão. Poderia até ser Scania, Mercedes, mas não abria mão do FNM”, afirma José Carlos. Várias vezes, precisou desviar das estradas principais para fugir das balanças, já que carregava muito mais do que se permitia na época.

“O FNM de meu pai levava naquele tempo, e com facilidade, o que só uma carreta potente carrega hoje”, orgulha-se.

Uma das maneiras que arrumou para conservar a paixão paterna foi tornar-se colecionador de tudo o que se refere à marca.

Tem mais de 500 fotos, recortes de revistas e jornais que mostram o caminhão em todos os cenários possíveis.

Boa parte do acervo conseguiu graças a frequentes trocas de cartas e e-mails com amigos conquistados pela mesma idolatria. Agora, está comprando partes de FNM, para, mais tarde, adquirir um caminhão inteiro.

Se vê uma peça original, não pensa duas vezes, compra. “Consegui uma buzina bem rara”, revela. Quanto ao bruto, precisa ainda encontrá-lo e convencer a esposa a tê-lo na garagem.

Bom sinal: o filho de 11 anos, Eduardo, apesar de nunca ter andado num FNM, adora ficar olhando as fotos e ouvindo as histórias de José Carlos Reinert.

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