O objetivo da iniciativa é contrabalancear a alta do diesel sem intervir na Petrobras.
Recentemente, o governo federal se manifestou afirmando que está estudando uma forma de diminuir os impactos causados pelo aumento no preço dos combustíveis, adotando práticas de contenção sem interferir na política da Petrobras.
Além de uma solução imediata referente aos tributos federais sobre o diesel, o governo pretende colocar em prática, a partir do segundo semestre de 2021, novas medidas de apoio aos caminhoneiros.
A ideia é calcular uma média do consumo do diesel gasto pelo caminhoneiro, levando em consideração a quilometragem, e em cima disso criar um “voucher caminhoneiro”. Dessa forma, quando o valor aumentasse os caminhoneiros seriam ressarcidos.
A viabilidade desse plano ainda está sendo analisada, contudo defensores da medida apontam que tal iniciativa seria mais barata que uma isenção a toda a população.
Por outro lado, a crítica a essa medida aponta certa incoerência na criação de uma bolsa caminhoneiro, tendo em mente que o País atualmente procura por uma solução fiscal para o auxílio emergencial.
O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta segunda-feira (22) que vê a criação de um fundo como a única saída. Esse fundo seria criado com excedentes de royalties para pagar a Petrobras quando ocorresse a oscilação nos preços.
"Na minha visão, a solução para isso é se a gente conseguisse criar um fundo soberano com base nos royalties do petróleo, e este recurso, quando houvesse essas flutuações, fosse usado para amortecer os aumentos. Não tem outra solução fora disso aí", afirmou Mourão.
No entanto, a iniciativa se depara com certa resistência no Ministério da Economia. De acordo com integrantes do governo, a pasta é contrária por ser refratária à criação de fundos.
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