Baterias: saiba como cuidar

Ao dar partida no motor, qualquer barulho deve ligar o seu sinal de alerta, pois pode ser algum problema no sistema elétrico, como uma bateria já em fim de vida ou falhas no alternador.

A bateria é um componente altamente impactado pelo ambiente em que está aplicada. Fatores como temperatura, vibração e armazenamento podem comprometer o correto funcionamento e causar danos irreversíveis ao produto. 

Detalhes simples como controle de carga no armazenamento antes da instalação, fixação do conjunto no alojamento do veículo, limpeza dos terminais, verificação dos níveis de solução ácida, entre outros, são cuidados interferem diretamente na vida útil. 

O correto funcionamento de outros sistemas, também pode influenciar, tais como: sistema de carga e partida, sistema de iluminação e acessórios e, até mesmo, o correto funcionamento do motor a combustão pode alterar a carga e a descarga que a bateria recebe, permitindo que ocorram falhas de forma prematura. 

Francisco Stela, coordenador de Gestão da rede Moura, explica que os problemas podem surgir por práticas erradas, tais como instalar baterias de marcas ou capacidades (“amperagens”) diferentes; ou uma nova e outra usada nos sistemas de 24 volts, quando são necessários dois acumuladores integrados. Isso faz com que haja o desbalanceamento de carga, reduzindo a vida útil do conjunto. O correto é sempre substituir o par. Também é errado deixar a bateria trabalhar com estado de carga baixo, menor que 12,3 volts.

Por isso, a Moura recomenda que na hora de escolher a bateria, avaliar sempre a melhor relação custo x benefício, optando por baterias de maior qualidade e que seja uma peça original.

Também analise o histórico da marca quanto à durabilidade, redução de paradas por problemas, redução de paradas para manutenção, reserva de capacidade, resistência, amperagem.

As peças originais são testadas exaustivamente pelos fabricantes de veículos, o que garante uma maior qualidade e melhor desempenho do produto. 

Rodrigo Domingues, Engenheiro de aplicações e vendas da Clarios, empresa detentora da marca Heliar, acrescenta: a bateria é um componente que necessita de uma reação eletrolítica para liberar energia no momento da partida. A corrosão é parte do processo que ocorre internamente e, com o tempo, o “material ativo” vai se desgastando.

Assim temos o final de vida da bateria. Sinais como partida “pesada”, oscilações em lâmpadas e aquecimento excessivo na bateria podem indicar que o produto já está chegando no final de vida, porém, o correto é sempre aplicar o teste de capacidade de corrente de partida e este indicará se o produto está apto ou não para ser mantido em uso.

Modernidade 

Segundo Rodrigo Domingues temos em nosso portfólio a bateria RT225TE EFB (Enhanced Flooded Battery) que oferece o que há de mais moderno no segmento. O modelo aplicado no Brasil é o mesmo produto aplicado nos caminhões da Europa.

A tecnologia EFB permite que a bateria mantenha a distribuição de carga de maneira uniforme. Sua principal diferença é a velocidade de reposição e liberação de energia em relação a uma bateria comum, para veículos com alta demanda elétrica com acessórios de última geração, é o produto que atende todos os requisitos das montadoras.

O modelo aplicado na reposição é o mesmo que compõe os veículos originais. “A Heliar é a única marca que oferece esta tecnologia para `pesados` no Brasil”, comenta Rodrigo Domingues. 

Francisco Stela, coordenador de Gestão da rede Moura, explica que a linha de baterias pesadas Moura é hoje a solução mais moderna e durável para caminhões, máquinas agrícolas, tratores e ônibus na América Latina. 

“Tantos as de chumbo-ácido, quanto as de lítio (que posicionam a Moura na vanguarda da eletrificação para mobilidade) se destacam pela tecnologia embarcada, qualidade, performance e durabilidade.

Peça original de fábrica das maiores montadoras de caminhões e ônibus presentes no Brasil, a Moura Pesada tem duas vezes mais vida útil por ser equipada com um dispositivo que garante preservação de seus componentes estratégicos. Também apresenta maior resistência contra impactos, pois conta com elementos blindados que previnem fissuras em seu interior.

Isso a torna mais resistente a maiores jornadas de trabalho e a trajetos que provocam altas vibrações – como rodovias mais desgastadas, por exemplo. Já a linha de baterias pesadas de Lítio apresenta maior densidade energética, ciclo de vida prolongado e é livre de emissões de gases poluentes.

Recarga rápida, alta eficiência e um sistema de gerenciamento eletrônico (o Battery Manegement System – BMS) que coleta e processa dados em tempo real, determinando o estado da bateria e controlando suas carga e descarga, além de balancear sua temperatura e, com isso, prolongar seu tempo de vida.

Uma vez encerrada seu primeiro ciclo, pode ser reutilizada, sendo, portanto, uma tecnologia limpa e reciclável”, diz Francisco Stela.

Dicas  

A vida útil da bateria para caminhões está relacionada ao segmento de trabalho de cada veículo.

Os que trafegam em rodovias, por ter maior ventilação, tendem a ter durabilidade maior em relação a um veículo que trabalha somente em baixa velocidade. Fatores como horas de trabalho do veículo podem influenciar.

O tempo em que o veículo fica parado, mas com acessórios ligados (ar condicionado, climatizadores, geladeiras, rádios...etc) podem diminuir muito a vida da bateria. Manter o estado de carga da bateria sempre superior a 80% fará com que seu desempenho seja alcançado.

Outros fatores que devem sempre ser observados são os terminais e cabos elétricos, além do sistema de carga e partida. Esses têm um papel fundamental na passagem da energia que entra e sai da bateria. 

Para ampliar a vida da bateria é indicado manter as baterias bem fixadas, com os terminais sempre bem apertados e limpos.

Nos sistemas de 24 volts, não realizar ligações elétricas, como ligações de rádio amador (PX), refrigeradores, etc., em apenas uma das baterias. Essa ação também causará desbalanceamento de carga. A recomendação é efetuar as ligações no conversor de carga.